Dilma Rousseff
As manifestações ganharam corpo com a adesão de pessoas com diversas reclamações contra a classe política como um todo, mas a gestão de Dilma Rousseff foi especialmente afetada. Na época, a presidente tomou uma série de medidas em resposta e disse que os protestos mostravam a força da democracia.
A presidente foi reeleita em 2014, mas protestos liderados por movimentos de direita culminaram no seu impeachment em 2016. Porém, o Congresso decidiu não retirar seus direitos políticos.
Após o impeachment, ela voltou a morar em Porto Alegre e se aposentou como funcionária pública, vivendo de forma reservada até 2018, quando se candidatou ao Senado por Minas Gerais, sem sucesso.
Em 2023, foi indicada pelo governo Lula para o comando do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como o “banco dos Brics”, instituição internacional que busca promover o crescimento de países do bloco.
Neste ano, no prefácio do livro Junho de 2013: A Rebelião Fantasma (Boitempo), ela escreveu que as manifestações tinham “narrativas fragmentadas e contraditórias” e que a insatisfação contra o sistema demonstrada naquele momento permitiria depois “a ascensão de uma extrema direita falsamente antissistema, cujo discurso conseguiu ganhar amplo lastro eleitoral”.