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Donald Trump
Afirma que não se deve ter "medo" do coronavírus, nem deixar que ele "domine" as vidas das pessoas. Sua prioridade é manter a economia aberta e evitar os confinamentos.
É contrário a obrigar o uso de máscaras em nível nacional; prefere que cada Estado tome sua decisão.
Aparece em eventos públicos e privados sem máscara e testou positivo para covid-19 no início de outubro.
Determinou a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Tomou medidas para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19. Para isso, destinou US$ 10 bilhões.
Prioriza o corte do fluxo migratório do México e dos países América Central em direção ao norte, com ameaças econômicas aos governos desses países para que contenham os migrantes e os que pensam em pedir refúgio nos EUA.
Tem proximidade com presidentes como o brasileiro Jair Bolsonaro, a quem recebeu pessoalmente e evitou criticar em público pelo aumento nos focos de incêndio e nos índices de desmatamento da Amazônia.
Aumentou a pressão contra o governo da Venezuela, com sanções unilaterais ao setor petroleiro e a funcionários do presidente Nicolás Maduro, a quem considera um "tirano" que ameaça a estabilidade regional.
Evita conceder o Estatuto de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) a imigrantes venezuelanos, para que possam viver legalmente nos EUA por causa da crise em seu país.
Teve uma abordagem "Guerra Fria" na relação com Cuba, revertendo a reaproximação iniciada no governo Barack Obama.
Defende uma política exterior que coloque a "América primeiro" nas relações com outros países e evita submeter estas relações ao fato de os governos serem ou não democráticos.
É contrário a intervenções militares dos EUA em outros países em nome da defesa da democracia ou dos direitos humanos.
Critica as contribuições financeiras dos EUA à Organização para o Tratato do Atlântico Norte (Otan), apesar de ter permanecido no órgão.
Quer a retirada de mais soldados americanos do Afeganistão e apoia as negociações de paz entre o governo afegão e o Talebã.
Rejeita o acordo nuclear com o Irã, do qual retirou os EUA, por considerá-lo contrário aos interesses do país.
Defende a negociação pessoal que iniciou com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em busca da desnuclearização do país sem contrapartidas.
No Oriente Médio, promove um acordo histórico de paz entre Israel e os Emirados Árabes, que ele mesmo anunciou.
Concedeu auxílios econômicos aos americanos diante da crise do coronavírus, incluindo pagamentos extra de US$ 300 semanais a desempregados; não conseguiu entrar em acordo com o Congresso sobre a extensão de um pacote mais amplo de benefícios que foi aprovado no início da pandemia.
Propõe cortar o imposto sobre o salário, que financia a seguridade social.
Se opõe a aumentar os impostos sobre os lucros sobre o capital e para as empresas, que se beneficiaram com os cortes tributários realizados em 2017.
Costuma criticar o Federal Reserve, o banco central americano, gerando dúvidas sobre seu respeito à independência do órgão para administrar as taxas de juros.
Defende a imposição de tarifas alfandegárias ao produtos estrangeiros para favorecer a produção nacional.
Considera "justo e recíproco" o acordo comercial entre EUA, México e Canadá (T-MEC), que substituiu o anterior, conhecido como Nafta e que, em sua opinião, era "desastroso".
Defende a guerra comercial que os EUA promovem com a China e, apesar do acordo assinado no início deste ano, propõe a possibilidade de rompimento entre as duas maiores economias do mundo.
É adepto de medidas para promover a compra de produtos fabricados nos EUA por parte do governo federal, como já ordenou, por exemplo, no caso de alguns equipamentos médicos e medicamentos.
Defende uma política de "tolerância zero" com os imigrantes sem documentos, que em 2018 levou à separação de milhares de crianças de seus pais na fronteira com o México. O processo só foi interrompido após protestos domésticos e internacionais.
Propõe continuar a construção de um muro na fronteira com o México, uma promessa chave de sua campanha de 2016 que ainda não conseguiu concretizar.
Pretende impedir que os imigrantes sem documentos "possam ser qualificados para a assistência social, para a assistência médica e para a matrícula universitária gratuita financiada pelos contribuintes".
Promove medidas que restringem vistos de trabalho e de estudo para estrangeiros.
Quer "acabar com as cidades-santuário" de imigrantes, que evitam cooperar com a polícia migratória do governo federal.
Defende limitar a entrada aos EUA de solicitantes de asilo e refugiados provenientes de outros países.
Acabou com o programa DACA, que protege os imigrantes sem documentos que chegaram ao país quando eram crianças (chamados de <i>dreamers</i> em inglês), mas foi impedido de concretizá-lo pela Suprema Corte dos EUA. Agora quer oferecer a eles um "caminho para a cidadania".
É cético em relação à mudança climática e questionou os alertas científicos sobre seus perigos.
É contrário a diversas normas de proteção ambiental e reverteu algumas delas, como os limites às emissões de dióxido de carbono por parte de usinas de energia e de veículos.
Pretende dar prioridade à promoção do uso de combustíveis fósseis em relação às energias renováveis.
Anunciou a saída dos EUA dos Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas.
Busca dificultar ao máximo o acesso ao aborto, retirando proteções federais às mulheres que optam por realizar o procedimento.
Promete escolher para a Suprema Corte juízes que questionem a histórica sentença de 1973 que legalizou o aborto em todo o país até a 28ª semana de gestação.
Sua mais recente indicada para o tribunal é a juíza Amy Coney Barrett, que, no passado, se mostrou contrária ao direito ao aborto.
Joe Biden
Afirma que é necessário "levar este vírus a sério" porque ele "não irá embora automaticamente" e que é preciso "obedecer a ciência".
Diz que "fará o possível para que seja obrigatório o uso de máscaras em público."
Costuma usar máscara em suas aparições públicas e não contraiu covid-19.
Promete reverter a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Apoia o desenvolvimento acelerado de uma vacina contra a covid-19.
Promete um programa nacional de rastreamento de contatos e testes gratuitos.
Propõe aumentar a cooperação regional em temas que levam à migração para os EUA vinda de países da América Latina, como a violência e a pobreza, assim como a pandemia de coronavírus.
Quer oferecer ao Brasil um fundo internacional de US$ 20 bilhões para deter o desmatamento na Amazônia e diz que o país pode enfrentar "consequências econômicas" se não o fizer; o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que as declarações de Biden são "ameaças covardes".
Chama o presidente venezuelano Nicolás Maduro de "ditador" e vê as sanções econômicas como "uma das ferramentas de uma estratégia abrangente que inclua assistência humanitária, pressão internacional e apoio a atores democráticos na Venezuela".
Propõe dar o Estatuto de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) a imigrantes venezuelanos para que possam viver legalmente nos EUA e não precisem voltar a seu país em crise.
Defende "uma nova política para Cuba", revertendo limitações impostas às viagens e remessas à ilha e promovendo os cubanos-americanos como "embaixadores pela liberdade".
Afirma que os EUA devem "voltar a liderar" diante dos desafios globais e trabalhar com outras democracias para "enfrentar o surgimento de populistas, nacionalistas e demagogos".
Vê o uso da força militar como "último recurso, não o primero" para defender "interesses vitais, quando o objetivo seja claro e alcançável".
Propõe "restaurar" a associação dos EUA com a Organização para o Tratato do Atlântico Norte (Otan) e "manter o bom estado das capacidades militares" do órgão.
Quer retirar a "grande maioria" dos soldados americanos do Afeganistão e focar a missão no combate à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.
Defende o acordo nuclear com o Irã e afirma que os EUA estaria disposto a retomá-lo "se Teerã voltar a cumprir o pacto".
Pretende lançar uma campanha internacional para a desnuclearização da Coreia do Norte, coordenada com aliados dos EUA e outros países, "incluindo a China".
No Oriente Médio, apoia o acordo histórico de paz entre Israel e países árabes como os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, promovido por Trump.
Afirma que é preciso estender o seguro-desemprego por coronavírus e negociar com o Congresso um novo pacote de ajuda financeira, por tempo indefinido.
Propõe aumentar o salário mínimo de US$ 7,25 para US$ 15 por hora e evitar cortes à seguridade social.
Se posiciona a favor de aumentar os impostos sobre os lucros de capital e para as empresas; promete evitar uma carga tributária maior para os que ganhem menos de US$ 400 mil por ano.
Diz que respeitará a independência do Federal Reserve, o banco central americano, para administrar as taxas de juros.
Admite que o novo acordo comercial entre EUA, México e Canadá (T-MEC) "é melhor" que o antigo NAFTA, mas alerta para o "déficit comercial gigantesco" que os Estados Unidos têm atualmente com o México por causa das políticas de Trump.
Considera um "desastre" a guerra comercial de Trump com a China, que vê como um "concorrente sério", mais que como um adversário; afirma que os "abusos comerciais" do país devem ser enfrentados em coordenação com aliados dos EUA.
Propõe que tudo o que o governo americano compre seja obrigatoriamente fabricado dentro do país e prevê um plano de US$ 400 bilhões em quatro anos para estimular a compra de bens e serviços americanos.
Propõe reverter as políticas que levaram à separação de famílias imigrantes, que considera "uma vergonha nacional", e busca se distanciar do alto número de deportações realizado pelo governo de Barak Obama, no qual ele era vice-presidente.
Se opõe a continuar com a construção de um muro na fronteira com o México e sugere, em vez disso, melhorar a infraestrutura de controle nos portos de entrada dos EUA.
Planeja propor ao Congresso uma reforma migratória que abra caminho para a cidadania de imigrantes que já vivem há anos no país.
Promete trabalhar com o Congresso para flexibilizar o sistema de vistos de trabalho para estrangeiros em setores com escassez de mão de obra local.
Quer limitar os programas que forçam as autoridades de cada Estado a cooperar com a policía migratória federal.
Afirma que os EUA devem restaurar sua "posição moral no mundo e (seu) papel histórico como lugar seguro para refugiados e solicitantes de asilo".
Propõe que os EUA alcancem "uma economia de energia 100% limpa e com resultado líquido zero de emissões (de gases efeito estufa) no mais tardar em 2050" e promete investir US$ 2 trilhões em energia verde.
Defende que o país retorne ao Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e lidere um "esforço para conseguir que todos os países importantes aumentem a ambição de seus objetivos".
Afirma que "a mudança climática significa uma ameaça existencial".
Diz querer proteger o direito das mulheres de escolher e manter legal o acesso ao aborto.
Promete uma lei federal que proteja a sentença histórica de 1973, que legalizou o aborto em todo o país até a 28ª semana de gestação.
Se opõe à confirmação da juíza indicada por Trump, Amy Coney Barrett — que, no passado se mostrou contrária ao aborto — para ocupar a vaga deixada por Ruth Bader-Ginsburg na Suprema Corte dos EUA.